21/03/1952
Quando Jesus asseverou que o seu Reino não é deste mundo, não desejava estabelecer fronteiras entre os homens e a vida espiritual, como se a Terra estivesse definitivamente sentenciada a cumprir o triste destino de um inferno sem remissão. Se o Mestre vinha até nós, naturalmente confiava nas criaturas terrenas, a fim de habilitá-las para o grande futuro. Não podemos esquecer que o índio será o homem civilizado de amanhã, através das reencarnações incessantes, nem podemos olvidar que se a Criação está começada ainda não terminou. O Cristo, ainda e sempre, é o arquiteto da nova Terra e, usando povos e civilizações, está construindo o Reino do Céu para a suprema felicidade humana. Nesse sentido, somos — cada qual de nós — o tijolo vivo para a divina edificação. Purifiquemos o vaso íntimo, convertendo a nossa vida em instrumentalidade de seus desígnios superiores, alijando de nosso Espírito tudo o que constitua densidade das zonas mais baixas da vida e estaremos realmente preparados para colaborar no erguimento do mundo novo. Sem aprimoramento do indivíduo, não encontraremos lar adequado à materialização do bem e sem lar seguro e enobrecido não disporemos de coletividade em condições de oferecer o justo clima de conforto e ordem, prosperidade e alegria à evolução. Ofereçamos, assim, a nossa existência à Obra da Sublimação, através do trabalho incessante sobre os alicerces da boa vontade e da fé viva, e, indiscutivelmente, seremos aproveitados pelo divino Orientador bem de todos para que o possa, efetivamente, brilhar para a felicidade eterna dos homens na Terra de amanhã.
Nota da Organizadora: Mensagem psicografada por Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo | MG.