Cada livro edificante é porta libertadora.
O livro espírita, entretanto, emancipa a alma, nos fundamentos da vida.
O livro científico livra da incultura;
o livro espírita livra da crueldade, para que os louros intelectuais não se desregrem na delinquência.
O livro filosófico livra do preconceito;
o livro espírita livra da divagação delirante, a fim de que a elucidação não se converta em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do desespero;
o livro espírita livra da superstição, para que a fé não se abastarde em fanatismo.
O livro jurídico livra da injustiça;
o livro espírita livra da parcialidade, a fim de que o direito não se faça instrumento de opressão.
O livro técnico livra da insipiência;
o livro espírita livra da vaidade, para que a especialização não seja manejada em prejuízo dos outros.
O livro de agricultura livra do primitivismo;
o livro espírita livra da ambição desvairada, a fim de que o trabalho da gleba não se envileça.
O livro de regras sociais livra da rudeza de trato;
o livro espírita livra da irresponsabilidade que, muitas vezes, transfigura o lar em atormentado reduto de sofrimento.
O livro de consolo livra da aflição;
o livro espírita livra do êxtase inerte, para que o reconforto não se acomode em preguiça.
O livro de informações livra do atraso;
o livro espírita livra do tempo perdido, a fim de que a hora vazia não nos arraste à queda em dívidas escabrosas.
Amparemos o livro respeitável, que é luz de hoje; no entanto, auxiliemos e divulguemos, quanto nos seja possível o livro espírita, que é luz de hoje, amanhã e sempre.
O livro nobre livra da ignorância mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.