“Os manjares são para o ventre, e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros.” — PAULO (1co
O alimento do corpo e da alma, no que se refere ao pão e à emoção, representa meio para a evolução e não o fim da evolução em si mesma.
Há criaturas, no entanto, que fazem do prato e do continuísmo simplista da espécie únicas razões de ser em toda a vida. Trabalham para comer e procriam sem pensar.
Quando se lhes fala do espírito ou da eternidade, bocejam despreocupadas, quando não trocam, aflitivamente, de assunto.
Efetivamente, a satisfação dos sentidos fisiológicos é para a alma o amparo que o solo e o adubo constituem para a semente. Todavia, se a semente persiste em reter-se na cova para gozar as delícias do adubo, contrariando a Divina Lei, nunca se lhe utilizará a colaboração preciosa.
Valioso e indispensável à experiência física é o estômago.
Veneráveis e sublimes são as faculdades criadoras.
Urge, contudo, entender as necessidades do espírito imperecível.
Esclarecimento pelo estudo, crescimento mental pelo trabalho e iluminação pela virtude santificante são imperativos para o futuro estágio dos homens.
Quem gasta o tempo consagrando todas as forças da alma às fantasias do corpo, esquecendo-se de que o corpo deve permanecer a serviço da alma, cedo esbarrará na perturbação, na inutilidade ou na sombra.
Para a comunidade dos aprendizes aplicados e prudentes, todavia, brilha no Evangelho o eloquente aviso de Paulo: “os manjares são para o ventre e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros.”