“Antes sede uns para com os outros benignos.” — PAULO (Ef
Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo.
Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.
A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador…
Um copo d’água pura,
o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos,
um livro santificante que se dá com amor,
uma sentença carinhosa,
o transporte de um fardo pequenino,
a sugestão do bem,
a tolerância em face de uma conversação fastidiosa,
os favores gratuitos de alguns vinténs,
a dádiva espontânea ainda que humilde,
a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração.
Que importa a cegueira de quem recebe? que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações? Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com o Cristo, que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos?
Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora, ou depois.
Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.
Não menosprezes os servicinhos úteis. Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana.