O Espiritismo não pode ser, assim, uma doutrina estanque nas manifestações exteriores. Nem costumes automáticos, nem atitudes enquistadas por votos de confiança.
As assembleias em que se exprime, quais aquelas dos cristãos primitivos, devem ser reuniões de intercâmbio cultural, em que as letras consoladoras e educativas interpretadas pela inteligência madura, se constituam substância nutriente das almas. Em seu clima de liberdade santificante, todos os temas da vida podem passar pelo crivo da razão, enriquecendo o discernimento.
Banida pela imposição da lógica, a absurdidade dogmática cede lugar à experimentação digna em que a ciência, guinada à respeitabilidade da consciência, aclara a convicção, ensinando-a, não apenas a ouvir e ver, mas também a compreender e servir.
Eis porque um templo espírita não se resume à função do hospital para as criaturas enfermiças e torturadas, mas é, sobretudo, uma escola aberta aos interesses supremos do ser e do destino, em que todas as atividades, quando corretamente dirigidas, são aprendizados de caráter sublime, desde a simples manifestação dos desencarnados em desajuste até a preleção dos grandes mensageiros da Esfera Superior.
Do excelso Mentor que balsamizava dores físicas e curava chagas do corpo ouvimos, certa feita, a promessa preciosa: — “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.” (Jo
E todos sabemos que é preciso conhecer para renovar e renovar para progredir.
Mais que os outros sistemas de fé, o Espiritismo reconhece a necessidade do combate pacífico à praga da ignorância… Da ignorância que nos espia no lar, por egoísmo doméstico, que nos surpreende na rua, em forma de crueldade, que nos estarrece na paisagem social, em forma de delinquência, que asfixia as nações por venenoso orgulho de raça…
Restaurando o paralítico, disse-lhe Jesus: — “Levanta-te e anda” (Mt
No desdobramento de nossa tarefa doutrinária, não nos compete, pois, esquecer que se a obra espírita é apoio à solução das lutas pendentes no campo físico, é também amparo definitivo às inquietações do campo espiritual, sedento de amor e luz.
. As duas lições anteriores: “” e “” são um complemento desta. Vide também “”, cap. 6, Item 5.
Esta mensagem foi também publicada em 2002, com atraso de 40 anos, pela UEM e é a 7ª lição da 2ª parte do livro “”