Educandário de Luz

Capítulo XIV

Na tarefa de equipe



Meu amigo:

Não tema, nem receie. O timoneiro do barco é o Senhor. Coloquemos sobre o leme as nossas mãos e esperemos, n’Ele.

O trabalho é delicado na administração, mas se a glória humana pertence àqueles que a procuram, a humildade divina é dos corações que a buscam.

Despreocupados do império do “eu”, alcançaremos o Reino de Deus.

O discípulo fiel não pede, nem rejeita. Aceita as determinações do Senhor, com deliberação ardente de obedecer para maior exaltação de quem tudo nos deu.

Continuemos, assim, de esperanças entrelaçadas.

O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas. Por isso, o Mestre chamou “amigo” (Jo 15:15) aos aprendizes da hora primeira.

Nossa união tem imperativos a que não poderemos fugir. Subiremos com a graça celeste. Não descansaremos, até que todos respirem no cimo do monte.

O cascalho do personalismo excessivo ainda [é Jaks] o grande impedimento da jornada. Demora-se nas bases da senda e por isso mesmo nos dilacera [os pés]. Contudo, ainda que nossos pés sangrem na estrada, recordar-nos-emos de que Jesus lavou os pés dos discípulos e purificou-os. (Jo 13:12)

Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário, sem prejuízo do bem coletivo. Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado, os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra.

Grande é a missão do templo [do bem]; e os irmãos que oficiam em seus altares não lhe podem esquecer as finalidades sublimes. “Muito se pedirá àquele que muito recebeu”. (Lc 12:48)

E o nosso grupo não se constituiu ao acaso. Trabalhemos servindo ao bem, com esquecimento de todo mal.

Atendamos, ainda e sempre, aos nossos deveres do primeiro instante, com lágrimas de alegria. Não nos arrependeremos de haver renunciado. E possuiremos conosco, mais tarde, o supremo júbilo de reconhecer quão doce é o jugo do Senhor, porquanto, em companhia d’Ele, muito leve e sublime é o peso de nossos pequeninos trabalhos na Causa da Humanidade.




Essa mensagem-orientação dirigida ao Sr. Jaks foi publicada nesse livro em 1ª instância pela FEB em 1962, mas passou por adaptações, como pode ser visto nas palavras marcadas e [entre colchetes]. Vide .