Imagina-te perdido, longe de casa, em noite de temporal.
Por fora, a sombra espessa se te afigura povoada de monstros, enquanto as vozes da natureza se assemelham a clamor desarticulado de aflição e loucura…
De instante a instante, cambaleias no charco, golpeado pelo chicote da ventania…
E, por dentro, assinalas o pavor do desconhecido e o temor de retroceder.
Gritas e choras, acabando identificado por viajantes do desespero no quadro estarrecedor…
No entanto, de improviso, surge doce refúgio que a luz banha, sublime…
E nesse lar de amor encontras agasalho, conforto, lume e pão.
Então compreenderás que um templo de socorro, aberto aos corações que a morte conturbou é uma porta do Céu e uma bênção de Deus.