“Em verdade vos digo que se dois dentre vós, sobre a Terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus.” — JESUS (Mt
Aceitar-nos na condição de obreiros chamados por Jesus a servir e servir.
Compreendermo-nos em lide como sendo uma só família na intimidade do lar, esquecendo-nos pelo rendimento da obra.
Acreditar — mas acreditar mesmo — que nada conseguiremos de bom, perante o Senhor, sem humildade e paciência, tolerância e compreensão, uns diante dos outros.
Situar a mente e o coração na lavoura do bem comum.
Fazer o que se deve, mas prestar apoio discreto e desinteressado aos companheiros na desincumbência das responsabilidades que lhes competem.
Associarmo-nos ao esforço geral do grupo no cumprimento do programa de ação, traçado a benefício do próximo, sem esperar pedidos ou requisições de concurso fraterno.
Observamos, todos nós, que nos achamos na Seara de Jesus, não porque aí estejam laços queridos ou almas abençoadas de nosso tesouro afetivo, a quem desejamos agradar e a quem realmente devemos ajudar, quanto nos seja possível, mas, acima de tudo, para trabalhar por nós e para nós mesmos, aproveitando as novas concessões que o Senhor nos fez por acréscimo de misericórdia, a fim de que se nos melhore o gabarito espiritual nos empreendimentos de resgate e elevação.
Caminhar para a frente, desculpando-nos com entendimento mútuo quanto às próprias fraquezas, sem melindres e sem queixas que apenas redundam em complicações e perda de tempo.
Agir e servir sem menosprezar as tarefas aparentemente pequeninas, como sejam: colaborar na limpeza, transmitir um recado, ouvir atenciosamente os irmãos mais necessitados que nós mesmos, ou socorrer uma criança.
Cada um de nós, na equipe de ação espírita, é peça importante nos mecanismos do bem.
Jamais esquecer-nos de que o maior gênio não consegue realizar-se sozinho e que, por isso mesmo, Jesus nos trouxe à edificação do Reino de Deus, valorizando o princípio da interdependência e a lei da cooperação.
(Reformador, setembro 1968, p. 197)