(Para o fim. Para Iduthum, salmo de David.) Porventura a minha alma não estará sujeita a Deus? pois que dele é a minha salvação.
2 Porquanto ele mesmo é meu Deus, e meu salvador, meu amparador; não serei comovido jamais.
3 Até quando arremetereis contra um homem? ajuntais-vos todos para acabar com ele, como a parede inclinada, e muro abalado?
4 Certamente meditaram tirar-me a minha dignidade, corri sedento; com a sua boca me bendiziam, e com o seu coração me maldiziam.
5 Mas tu, ó alma minha, conserva-te sujeita a Deus; porque dele é que vem a minha paciência.
6 Porque ele é meu Deus, e meu salvador, meu favorecedor; não me comoverei.
7 Em Deus está a minha salvação, e a minha glória; de Deus é que espero o meu socorro, e a minha esperança em Deus está.
8 Esperai nele toda a congregação do povo; derramai ante ele os vossos corações; Deus é o nosso favorecedor eternamente.
9 Certamente vãos são os filhos dos homens, mentirosos os filhos dos homens em balanças; eles conspiram concordemente em vaidade para usar de enganos.
10 Não queirais confiar na iniquidade, nem queirais cobiçar rapinas; se abundardes em riquezas, não queirais por nelas o coração.
11 Uma vez falou Deus, estas duas cousas tenho ouvido: que o poder é de Deus,
12 E a ti, Senhor, a misericórdia; porque tu retribuirás a cada um segundo as suas obras.
Este salmo na Bíblia do Padre Antônio Pereira de Figueiredo, tanto em latim como em português, possui 13 versículos; todavia, para se conformar com a numeração de versões atuais da Bíblia a introdução que ocupava todo o 1º versículo foi colocada entre parênteses.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: | | A bíblia em francês de , da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: Bible — 1917 Edition; La Bible bilingue — “Bible du Rabbinat”, selon le texte original de 1899; by John Hurt ()
Tendo Jesus dito estas palavras, saiu com os seus discípulos para o outro lado do ribeiro de Cedron, onde havia um horto, no qual entrou com seus discípulos.
2 Ora, Judas, que o entregava, sabia também deste lugar, porque Jesus ia ali frequentemente com seus discípulos.
3 Judas então, acompanhado de uma coorte da parte dos pontífices e fariseus, veio até ali com lanternas, archotes e armas.
4 Pelo que Jesus, que sabia tudo o que estava para lhe sobrevir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe eles: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus. Eu sou. E Judas que o entregava, estava também com eles.
6 Assim que Jesus lhes disse eu sou, recuaram para trás e caíram por terra.
7 Perguntou-lhes então outra vez: A quem buscais? E eles responderam: A Jesus Nazareno.
8 Disse-lhes Jesus: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que buscais, deixai ir estes.
9 Para se cumprir a palavra que ele dissera: Dos que me destes não perdi nenhum deles. ()
10 Mas Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do pontífice que se chamava Malco; e lhe cortou a orelha direita.
11 Então Jesus disse a Pedro: Embainha tua espada! O cálice que o Pai me deu, não o hei de beber?
12 Em seguida a coorte, o tribuno e os quadrilheiros dos judeus prenderam Jesus e o manietaram;
13 E o levaram primeiramente à casa de Anás, sogro de Caifás, que era o pontífice daquele ano.
14 Caifás porém era aquele que tinha dado aos judeus o conselho de que convinha que um só homem morresse pelo povo do que vir a pereçer toda uma nação. ()
15 Simão Pedro e outro discípulo seguia Jesus. O tal discípulo era conhecido do pontífice e entrou com Jesus no átrio da casa do sumo sacerdote.
16 Mas Pedro estava à porta do lado de fora. Saiu então o outro discípulo, que era conhecido do pontífice, e falou à porteira que fez entrar a Pedro.
17 Esta porteira, que era escrava, disse a Pedro: Não és também discípulo deste homem? Disse ele: Não sou.
18 Ora, os servos e quadrilheiros estavam em pé ao lume, porque fazia frio, e ali se aquentavam; e com eles estava Pedro aquecendo-se também.
19 Entrementes o pontífice interrogou Jesus quanto a seus discípulos e sua doutrina.
20 Este lhe respondeu: Eu falei publicamente ao mundo, e sempre ensinei na sinagoga e no Templo, para onde convegem todos os judeus, e nada lhes disse em secredo.
21 Por que me interrogais? Interroga àqueles que ouviram o que lhes disse; ei-los, aí estão, eles sabem o que eu os ensinei.
22 E tendo dito isto, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim é que respondes ao pontífice?
23 Disse-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal, mas se falei bem, por que me feres?
24 E Anás o enviou manietado ao pontífice Caifás.
25 Simão Pedro estava ainda ali em pé aquecendo-se; e eles lhe disseram: Não és também dos seus discípulos? Ele negou, dizendo: Não sou.
26 Disse-lhe um dos servos do pontífice, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: Não é que te vi com ele no horto?
27 Pedro negou-o outra vez, e imediatamente cantou o galo.
28 Então levaram Jesus da casa de Caifás ao Pretório. Era de manhã; eles porém não entraram no Pretório para não se contaminarem, e poder assim comer a Páscoa.
29 Pilatos, por isso, saiu para lhes falar, e disse: Que acusação trazeis contra este homem?
30 Responderam eles: Se este não fora malfeitor, não to entregaríamos.
31 Disse-lhes, então, Pilatos : Tende-o vós outros, e julgai-o segundo a vossa lei. Os judeus lhe disseram: Não nos é lícito matar ninguém.
32 Para se cumprir a palavra que Jesus dissera, significando de que morte havia de morrer. ()
33 Tornou pois a entrar Pilatos no Pretório, e chamando a Jesus, disse-lhe: És o rei dos judeus?
34 Respondeu Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou foram outros os que to disseram de mim?
35 Disse Pilatos: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os pontífices são os que te entregaram nas minhas mãos, que fizeste tu?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se meu reino fosse deste mundo, certo que meus ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora meu reino não é daqui.
37 Disse-lhe então Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade; todo o que é da verdade ouve a minha voz.
38 Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E dito isto, tornou a sair a ver-se com os judeus, e disse-lhes: Eu não acho nele crime algum.
39 Mas é costume entre vós que na Páscoa eu vos solte um; quereis vós, portanto, que vos solte o rei dos judeus?
40 Então clamaram todos unanimemente: Não queremos que solte a este, mas Barrabás. Ora, Barrabás era um ladrão.
Getsêmani: (gr. Lagar de azeite) Bosque situado perto de Jerusalém, do outro lado do Cedron, no sopé do monte das Oliveiras.
Pretório: Residência oficial do governador romano e onde dava audiência.
Há imagens desse capítulo, visualizadas através do - Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: | | A bíblia em francês de , da qual se serviu Allan Kardec na Codificação. Veja também: 28th revised edition, edited by Barbara Aland and others; by John Hurt.