A vida humana é semelhante ao campo comum.
Ao longo de seus vales e montes, encontramos variada flora espiritual.
Nas existências afortunadas e inúteis, vemos frondosas árvores infrutíferas.
Nas almas em sofrimento, sentimos a poda que melhora a colheita.
Nos corações enrijecidos pelo desencanto, reconhecemos galhos secos ao sopro frio do inverno.
Nos preconceitos e melindres pessoais que impedem a visão da realidade, anotamos a tiririca invasora que habitualmente destrói lavouras e jardins.
Na tristeza e no desânimo, observamos o cupim e o charco prejudiciais, adiando a produção enobrecedora do solo.
Nas recordações enfermiças, identificamos a hera asfixiante.
Nas palavras primorosas, sem atos que as materializem, a benefício das criaturas, catalogamos as belas plantas parasitárias, que exibem flores extravagantes sem proveito.
Nos oportunistas sem mérito, surpreendemos o cipó viridente e florindo na copa da palmeira, de onde, será apeado, a qualquer momento, sem altura própria.
Nos sonhos mortos, registramos as raízes cadaverizadas do chão.
No incessante movimento da fraternidade e da luz, temos a vida renovada.
O espírito juvenil — chama que independe da forma, do tempo e do espaço —, é a claridade de hoje, expandindo-se na direção de amanhã.
Conservemos, inalteráveis, a atividade, a esperança e o entusiasmo na extensão da Boa Nova.
Aqueles que não desistem de aprender e servir com Jesus, em quaisquer circunstâncias, são os ramos da vida eterna, florindo e frutificando, sem cessar, na seara do bem infinito.
Discípulos de um Mestre, cujo amor jamais envelhece, permaneçamos em sua vanguarda de trabalho e abnegação pelo aperfeiçoamento da Humanidade inteira.
Cristo ontem, hoje e amanhã…
Incorporados, todos nós, ao vigor imperecível do Evangelho, que o privilégio de segui-lo, no campo ilimitado da vida, à plena luz da verdade, seja nossa constante alegria, na grandeza do Sempre.
Ao tempo da psicografia, a imprensa de Belo Horizonte, por equívoco, publicou a presente mensagem sob o título “NO CAMPO DA VIDA” — Nota do médium.
Comparações de Emmanuel sobre a vida humana e o campo do mundo, psicografadas em reunião pública do Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo/MG, em 1950. — Nota do organizador.