Riqueza, na essência, é o aproveitamento real das oportunidades que a vida nos oferece em nome do Senhor.
O homem afortunado pode ser o rico da benemerência. O pobre pode ser o rico de esforço.
A pessoa robusta pode ser o rico de serviço. A doente pode ser o rico de resignação.
O moço pode amealhar o tesouro da força bem dirigida. Quem amadureceu na experiência pode organizar valioso patrimônio de ponderações edificantes.
A mulher pode tornar-se um modelo de abnegação. O homem pode converter-se numa coluna de heroísmo.
A criatura cercada de obstáculos pode enriquecer-se de virtudes excelsas.
Fortuna, de modo algum, será apenas metal ou papel amoedado. É, sobretudo, valor do espírito, bênção da alma, luz do coração.
Deus não criou a pobreza. O homem, sim, quando perturba a marcha das leis divinas que governam a vida e abusa das graças que recebe, empobrece-se de oportunidades de progresso e gera para ele próprio a escassez, a dor, o remorso, a enfermidade e a expiação que o consomem, por largo tempo, sem destruí-lo, no purgatório necessário da regeneração.