Duas horas de fria madrugada num hotel pequeno de rodovia.
O cavalheiro chegou apressado e pediu a chave do aposento em que se instalara durante o dia.
Inexplicavelmente, a chave desaparecera, e o interessado se confiou à exasperação. Gritou. Acusou empregados.
A gerência interferiu com gentileza. Outro quarto lhe seria entregue. O homem, porém, declarou que deixara junto ao leito grande soma em dinheiro e exigiu fosse a porta arrombada. Depois de muita crítica, em que ameaçava a casa com denúncia à polícia, concordou em ocupar um aposento vizinho.
Somente pela manhã, ao sol muito alto, a fechadura foi quebrada. E só então o inconformado hóspede, ao retirar o dinheiro, verificou que sob o travesseiro se ocultava enorme escorpião.