“Orando também juntamente por nós para que Deus nos abra a porta da palavra…” Paulo. (Cl
A atualidade terrestre dispõe dos mais avançados processos de comunicação entre os homens.
Num só dia, aviões sobrevoam nações diversas.
O rádio e a televisão alteram o antigo poder do espaço.
Quantos milhões de criaturas, porém, se reconhecem profundamente isoladas dentro de si, ainda mesmo quando parte integrante da multidão?
Quantos seres humanos varam largos trechos da existência, expedindo apelos ao socorro espiritual de outros seres humanos, sem qualquer resposta que lhes asserene o campo emotivo?
O que mais singulariza o problema é que nem sempre vale a presença material de alguém para o auxílio de que outro alguém se reconhece necessitado. Quem sofre prefere a solidão à companhia daqueles que lhes agravam o sofrimento.
Todos nós carecemos de alívio na hora da angústia ou de apoio em momentos difíceis, e, para isso, contamos receber daqueles que nos rodeiam a frase compreensiva e conveniente. Entanto, nesse sentido, não bastará que os nossos benfeitores nos manejem corretamente o idioma ou nos identifiquem o grau de cultura. É imperioso nos conheçam os sentimentos e problemas, os ideais e realizações.
Meditemos, pois, na importância do verbo e roguemos a Deus nos inspire, a fim de encontrarmos a porta adequada à palavra certa e sermos úteis aos outros, tanto quanto esperamos que os outros sejam úteis a nós.
(Nova Iorque, N.I., EUA, 4, Julho, 1965.)
(Psicografado por Francisco C. Xavier.)