O céu apaga a luz do rútilo diadema. Enquanto o Sol se põe nas quebradas da serra, A tempestade e a noite amortalham a Terra Aos cantochões do vento içado à fúria extrema. É a tormenta a fremir que, cruel, desalgema O corisco mortal que fulmina e que aterra… E o grito do trovão, nos ares, ruge e erra Entre sombras hostis, sob a ira suprema. E a Natureza clama, estala e chora, cheia Da pavorosa dor que a vergasta e alanceia, Mas, eis que a luta cessa e refaz-se a harmonia… Assim também é a vida, em martírios da prova, Depois da treva imensa, eis que a luz se renova E a esperança ressurge ao Sol de novo dia. |
(Psicografia de Francisco C. Xavier)