Esperança e Vida

Capítulo II

Norma de triunfo



Meu Amigo. Em favor do êxito que desejamos, não esperemos pelo concurso do vizinho; colaboremos com ele e a vitória aparecerá.


No círculo de nossa paz a questão não é a de perdoarmos com palavras, como se devêssemos desfrutar o trono da superioridade, à frente dos outros; examinemos as nossas atitudes e aguardemos as desculpas alheias para as nossas próprias faltas e a harmonia brilhará entre nós.


Em problemas de fraternidade, o ajustamento não procede das nossas exigências de compreensão; penetremos as dificuldades do próximo, auxiliando-o para o bem, e o equilíbrio surgirá, espontâneo, em nosso benefício.


Na expectativa de amparo, não contemos com o apoio exterior; amparemos os demais com os recursos à nossa disposição e o auxílio geral virá ao nosso encontro.


Em enigmas de trabalho e edificação, fujamos à fixação de braços que não nos pertencem; usemos os nossos, semeando a alegria e o bem estar de quantos nos cercam, e o serviço feito representará uma bênção para todos.


Em realizações quaisquer, alusivas aos nossos ideais superiores, abstenhamo-nos da posição do servo ocioso, que se sente habilitado a inumeráveis pretextos de escapar à execução dos compromissos assumidos.

Sejamos a alma de nossa própria tarefa, a luz de nossas aspirações elevadas, a essência de nossos deveres e entenderemos com o Cristo a venturosa obrigação da solidariedade, hoje e sempre, decifrando o nobre desafio do sacrifício, dentro do qual nos rejubilaremos com a própria cruz, descobrindo finalmente com o Mestre do Amor que, na maioria das vezes, perder no mundo físico é lucrar na Esfera Próxima e que consumir a existência, em benefício de todos, será reencontrar a nós mesmos em redentora ascensão na 1mortalidade.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)