Querida mãezinha Sinhá, estou aqui para beijar-lhe as mãos e as mãos do meu querido papai Antônio, pedindo a Deus nos fortaleça e abençoe a todos.
Mamãe Sinhá, minha querida Dona Sinharinha, tudo vai clareando para seu filho. Depois da tempestade, a bonança aparece em nome de Deus.
Tenho comigo na memória os irmãos queridos e todos os meus familiares, e espero conquistar novas energias para servir ou ser útil a todos.
Tantas lutas passaram! E a desencarnação chegou, de improviso, estabelecendo tantas mudanças…
Lembro-me da nossa querida Magra, e faço votos para que ela esteja animada e bem disposta, ao lado de nossa querida Beatriz.
Aqui, mais do que antes, vejo que a filhinha é um tesouro, e espero a felicidade de auxiliá-la a construir a felicidade que lhe desejamos.
Faço votos para que o Carlos Alberto esteja contente na companhia de Vera Lúcia e das pequenas sobrinhas Luciana e Carla.
Peço-lhe, mãezinha Sinhá, amparar, tanto quanto se lhe faça possível, a nossa querida Luciana, que noto não muito ajustada à vida diária.
O Carlos Alberto despertará para o problema da filhinha, abençoando-a e ajudando-a a vencer.
Deixo ao papai e a todos os nossos, as minhas lembranças, rogando-lhe receber o carinho imenso de seu filho, sempre o seu filho do coração,
Publicada, inicialmente, no jornal Alavanca, de Campinas, Estado de São Paulo, e transcrita no Tribuna Espírita (Ano V — João Pessoa, Paraíba, Brasil — Mai/Jun/1987 — n.° 35), sob o título “A Vida Continua”, eis o que conseguimos trasladar para este nosso volume:
“Antônio Nunes, dedicado servidor do Instituto Fraternal de Laborterapia, que trabalha pela recuperação dos alcoólatras e aqui em Campinas mantém sua sede na 1nstituição Assistencial Dias da Cruz, Rua João Rodrigues Serra, n.° 451, Jardim Eulina, Fone
Esteve em Uberaba, onde, na noite de 6-6-1986, no Grupo Espírita da Prece, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, recebeu mensagem de seu filho Antônio Carlos, desencarnado há dois anos.
Como fatos assim servem para consolar e esperançar outras pessoas que sofrem com a ausência de seus entes queridos, e porque Antônio Carlos era entre nós conhecido e estimado, seus pais nos confiaram cópia da mensagem que endereçou aos seus familiares, para que a transcrevamos em benefício dos que nos leem.”
Foram as seguintes a legenda da foto e as notas elucidativas:
“Nascido em Barretos-SP, a 25.4.1947. Desencarnou em Vila Santa Luzia, Município de Ourém PA, Km 212, BR-316 da PA-MA, entre Gurupi e Capanema — PA, onde estava a serviço, no dia 10.4.1984, aos 37 anos de idade, vítima de acidente de automóvel.
(1) Sinhá ou Sinharinha (Mariadas Dores Ferreira Nunes) e Antônio (Antônio Nunes), seus pais, residentes à Rua Tiradentes, n° 1 133, Fone (0
192) 2-1307, Cep. 13023-191, Campinas, SP.
(2) Magra (Edna Thereza de Figueiredo Nunes), sua esposa, e Beatriz, sua filha (única), com 6 anos de idade.
(3) Carlos Alberto (Carlos Alberto Nunes), seu irmão (único) mais moço; Vera Lúcia (Vera Lúcia Stephan Nunes), esposa de Carlos Alberto; Luciana e Carla, suas filhas menores.”
Que possamos todos nós, prezado leitor, ao final de cada dia de luta redentora neste mundo, após as orações habituais, repetir estas palavras do Espírito de Antônio Carlos Nunes: “espero conquistar novas energias para servir ou ser útil a todos.”