A Terra esbanja beleza, Na cúpula dos países, Fulguram povos felizes, Riquezas em profusão… A Natureza soberba, Guarda tesouros na selva, Flores enfeitam a relva, Veludo que adorna o chão. Das cidades opulentas, Voam naves poderosas, Surgem torres luminosas, Brasões, legendas, troféus… A inteligência se alteia, Abrindo escolas e estradas, Há mansões dependuras, Na luz dos arranha-céus!… Mas à frente do esplendor Em que o ouro se descobre Surge o mundo margo e pobre, Dos que vivem de esperar… Tristes mães rogam auxílio Em dolorosas andanças, Para mirradas crianças Que se agitam sem lugar!… Irmãos despontam na praça, Sob o fascínio do furto, Avançam em passo curto De empórios retiram pães; Moços fortes ao prendê-los Prometem pancadaria, Há tumulto e gritaria Em meio ao choro das mães. Registro vozes diversas… De quem são? Ouço gemidos, É a multidão dos vencidos Que mal conhece onde vai… Junto a um posto de assistência, Formando enorme fileira… Aguarda-se a noite inteira, O raro apoio que sai… O progresso exalta o mundo… E no porão da grandeza, Há pranto, angústia, tristeza, Embates de chaga e dor!… Só Jesus, vencendo as sombras, Ergue a luz da Caridade, Conduzindo a Humanidade Para a vitória do Amor. |
Essa mensagem foi publicada também em 1988 pela editora Fonte Viva e é a 15ª lição da 2ª parte do livro “”