É meu desejo afirmar-vos Devedor que tenho sido Que a lepra não vem a nós Sem ter um justo sentido. Segundo as lições da Terra Que a verdade nos aponta, A nossa vida até hoje, É de existências sem conta. Muitas vezes renascendo, Quis ser alto, chefe ou rei, Exterminei multidões, Rasgando normas de lei. Por séculos fui assim, Orgulho vão que se expande, Domínio da crueldade Na mania de ser grande. Até que um dia cansado De ser déspota violento, Pedi a Deus me prendesse, Na cela do sofrimento… Dos céus chegou-me a resposta: Teria eu doce cruz… Renascendo, minha mãe Quis chamar-me por Jesus. Para esquecer o passado E elevar o coração, Tive um reino de feridas E um trono, de solidão. Sofri e chorei, entretanto, Ante o Mestre Nazareno Tenho agora a Santa Lepra Que me ensina a ser pequeno. |
Essa mensagem foi publicada também em 1988 pela editora Fonte Viva e é a 25ª lição da 2ª parte do livro “”