Falecera a sovina Nhá Rosenda. Brigara por vintém depois da janta… Na noite inteira, o povo reza e canta, Falando em Deus, no Sítio da Moenda… Sigo o caixão dourado em seda e renda, Na sepultura, fala o Zé da Manta: — “Nhá Rosenda, no Céu, será mais santa, Era um anjo nas lutas da fazenda…” Alguém traz a coroa derradeira, A morta larga o corpo na carreira, Quer dinheiro, pragueja, desacata… Depois sumiu… Mas, hoje, em Pirapama, Encontrei Nhá Rosenda entregue à lama, Crendo agarrar pacotes de ouro e prata. |