Excursão de Paz

Capítulo XV

Supremo júbilo



Meu caro Jaks. Muita paz!

Não tema, nem receie. O timoneiro do barco é o Senhor. Coloquemos sobre o leme as nossas mãos e esperemos n’Ele.

O trabalho é delicado na administração, mas se a alegria humana pertence àqueles que a procuraram, a humildade divina é dos corações que a buscam. Despreocupados do império do “eu”, alcançaremos o Reino de Deus.

O discípulo fiel não pede, nem rejeita. Aceita as determinações do Senhor, com a deliberação ardente de obedecer para maior glória de Quem tudo nos deu.

Continuemos, assim, de esperanças entrelaçadas. O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas. Por isto, o Mestre chamou amigos (Jo 15:15) aos aprendizes da hora primeira.

Nossa reunião tem imperativos a que não poderemos fugir. Subiremos com a graça celeste. Não descansaremos, até que todos respirem no cimo do monte. O cascalho do personalismo excessivo ainda é, Jaks, o grande impedimento da jornada. Demora-se nas bases da senda e por isto mesmo nos dilacera os pés. Contudo, ainda que nossos pés sangrem na estrada, recordar-nos-emos de que Jesus lavou os pés dos discípulos e purificou-os. (Jo 13:12)

Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário sem prejuízo ao bem coletivo.

Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra.

Grande é a missão do templo e os irmãos que oficiam em seus altares não lhe podem esquecer as finalidades sublimes. “Muito se pedirá daquele que muito recebeu.” (Lc 12:48)

E o nosso grupo não se constituiu ao acaso. Trabalhemos servindo ao bem com esquecimento de todo mal.

Atende, ainda e sempre, meu amigo, aos teus deveres do primeiro instante, com lágrimas de alegria. Não te arrependerás de haver renunciado. E sentirás conosco, mais tarde, o supremo júbilo, de reconhecer que doce é o jugo do Senhor e que em companhia d’Ele muito leve e sublime é o peso de nossos pequeninos trabalhos na Causa Humana.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem publicada em 1ª instância em 1962 pela FEB, é a 45ª lição do livro “”