Família

Capítulo XXII

A Terra, nossa escola



Contempla a beleza da Terra — a nossa escola — para que o pessimismo não te obscureça a estrada, anulando-te o tempo na regeneração do destino.

Não será fazer lirismo inoperante, mas sim descerrar os olhos no painel das realidades objetivas.

Pensa no Sol que é luz infatigável;

no céu a constelar-se em turbilhões de estrelas, novas pátrias de luz, exaltando a esperança;

na fonte que se entrega, mitigando-te a sede;

na árvore generosa a proteger-te os passos;

na semente minúscula abrindo-se em flor e pão;

no lar aconchegante a guardar-te, promissor…


Tudo no altar da natureza é prazer de auxiliar e privilégio de servir. Entretanto, muitas vezes, trazemos em nós próprios, tristeza e crueldade por tóxicos do caminho…

E renascentes de ontem cujos minutos gastamos na edificação do próprio infortúnio, temos o coração qual vaso de fel, aniquilando em nós as bênçãos da alegria.

Não podemos negar a condição de Espíritos prisioneiros, quando se nos desdobra a experiência no corpo físico, entretanto, é nessa segregação oportuna que recapitulamos as nossas lições perdidas.

É na veste física que tornamos ao adversário do pretérito, à afeição mal vivida e ao obstáculo que se fez resultado de nossa própria incúria.

Não há mal na Terra, senão em nós mesmos — mal de nossa rebeldia multimilenária diante da Eterna Lei do Amor — gerando os males que nos marcam a imprevidência.

Descerremos as portas da alma à luz da grande compreensão e, buscando aprender com os recursos do mundo, que nos amparam em nome da Divina Providência, reajustemo-nos no amor que entende e socorre, abençoa e serve sempre, na certeza de que, refletindo em nós os Propósitos Divinos, encontraremos, desde agora, nas complexidades e nevoeiros do mundo, a preciosa trilha de acesso ao Eterno Bem.



Existe outra , também autêntica, muito parecida com essa.