Não nos esqueçamos de que conhecimento superior traduz responsabilidade.
Ninguém vive sem contas.
Muito se pedirá amanhã do que hoje recebes. (Lc
Nas bases da vida moram a equanimidade e a justiça.
Não amassarás teu pão com a areia do deserto.
Não proverás teu cântaro com os detritos do charco.
Recolherás o alimento da substância que te recebe carinho e sorverás a água pura da fonte que te merece cuidado.
Não jornadeies na Terra, indiferente ou distraído, como se atravessasses um campo inútil.
Não se confia a enxada ao lavrador para a exaltação da ferrugem, nem se entrega a máquina ao operário a fim de que se louve a preguiça.
A natureza que sustenta o verme reclama-lhe serviço em favor do solo.
A indústria que tece o fio e o embeleza exige-lhe segurança e cooperação.
Se aguardamos concurso do verme e do fio, por que haverá o homem de gastar os recursos da Terra, exonerado de compromissos?
E, se o cristão recolhe os dons do Alto, clareando-se-lhe o discernimento, como não esperar dele a contribuição de amor, na sublimação da vida que o cerca?
Recebemos as possibilidades do Senhor para doá-las ao mundo em seu nome.
Mais esclarecimento e mais fé significam para nós mais amplas obrigações.
Informados hoje, quanto à grandeza da vida, a estender-se, triunfante, além da morte, saibamos viver no mundo de conformidade com os princípios redentores que nos felicitam a marcha.
Façamos em torno de nós mais tolerância, mais fraternidade, mais compreensão e mais otimismo, expressando em atos o tesouro de luz que nos brilha na inteligência e o nosso coração estará preparado a enfrentar o grande futuro, vitorioso e feliz, por haver entendido a tempo que muito se pedirá entre os anjos a quem muito recebeu entre as criaturas.