Situado entre leis físicas inelutáveis, no campo de evolução na Terra, à maneira do aluno, entre as paredes e regimes do educandário, o homem dispõe do livre arbítrio na esfera das leis morais que lhe presidem o desenvolvimento e a ascensão para a imortalidade.
Justo, portanto, seja defrontado por todos os débitos em que se onerou perante a vida, porque, de outro modo, não conseguiria crescer para a luz a que está reservado.
Não poderá, por isso, desvencilhar-se dos compromissos que plasmou para si mesmo, razão pela qual, se desperto para a verdade, ser-lhe-á o bem de todos a meta de cada dia, a fim de que por testemunhos incessantes de boa vontade e amor, se desagrave na Lei, quanto às aflições que lhe estão debitadas pela própria conduta no pretérito, que lhe comanda o presente.
Compreendendo que o destino amargo de hoje foi por ele mesmo criado, com o livre arbítrio de ontem, constitui-lhe dever atenuar quanto possível as próprias contas para que se lhe solucionem os problemas sem maiores inquietações.
Chegados à semelhante conclusão, é natural tudo façamos para que a preservação digna nos favoreça contra o assalto do crime, mesmo porque a Excelsa Providência concedendo à criatura humana o benefício do lar, fê-lo de modo a resguardá-la com a eficiência devida, inspirando-lhe meios para defender-se de malfeitores, tanto quanto lhe sugere o agasalho contra a intempérie.
Em razão disso, o próprio Cristo não nos exortou em vão à própria segurança, quando nos traçou o imperativo da vigilância e da oração.
Cumpridos por nós tais deveres, com a execução das obrigações outras que nos quitem a consciência no plano do respeito recíproco e da caridade infatigável para com o próximo, estejamos seguros na fortaleza de nossa fé, prontos a receber quaisquer golpes que nos sejam desferidos na estrada regeneradora, porque, então, diante da paz de nossas almas, toda sorte de infortúnio que nos acometa a existência terrena representará imprescindível resgate das culpas que contraímos, cabendo-nos confiar as nossas decisões e situações ao julgamento justo de Deus, porquanto, para nós o regulamento da Lei Divina é claro e insofismável em nos preceituando: — “Não matarás”. (Ex