Ele chama a esposa morta, Sem que a morte retrograde, E ele todo se dilui, Nas lágrimas da saudade. A esposa desencarnada, Protesta sem que se explique, Ela pede que ele parta, E ele roga que ela fique. Fitando o amor separado, Sinto emoção rude e forte, Ele nas praias da vida, Ela nas praias da morte. Em minha existência inteira Nunca vi tanta amargura, Qual à do homem que chora A esposa na sepultura. Ante a grandeza do amor Mesmo os sábios são pigmeus, Seja onde for que se mostre O amor é benção de Deus. |
(Trovas recebidas em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 28.01.89, em Uberaba, Minas Gerais).