Embora a crítica azeda, Atende ao dever cristão. A inveja combate sempre O esforço da elevação. Ilumina a própria senda, Faze-te sábio e melhor. De todos os males juntos A ignorância é o maior. A fortuna, muitas vezes, É neblina deletéria. A riqueza sem virtude É mais triste que a miséria. Não te esqueças da verdade, Recorda que para a morte Não vale bolsa repleta, Nem existe casa forte. Trabalha, constantemente, Firme e fiel ao teu posto. Descanso desnecessário É plantação de desgosto. Ao despeito envenenado A retidão não se rende. De pessoa desbriada O insulto não ofende. Dos vermes de ruína e morte, Que atacam o fruto e a flor, O mais cruel é a preguiça Que mora no lavrador. Respeita a moderação. Quem com pouco se compraz, Entre as bênçãos da alegria, Serve muito e vive em paz. |