Se desejas a bênção da paz, simplifica a própria vida para que a tranquilidade te favoreça.
Muitos recorrem ao auxílio dos outros, esquecendo a necessidade do auxílio a si mesmos.
Encarceram-se no cipoal das preocupações sem proveito, adquirindo compromissos que lhes prejudicam a senda e acabam suplicando o socorro da caridade, quando, mais avisados, poderiam entesourar amplos recursos para a assistência generosa aos mais desfavorecidos do mundo, empregando o talento das horas nas mais ricas sementeiras de simpatia.
É que se extraviam nas ambições desregradas, buscando para si próprios os grilhões de angústia ou afixando aos ombros frágeis pesados fardos, difíceis de suportar.
Não se contentam em viver com segurança o dia que o Senhor lhes concede.
Preferem sofrer por antecipação as tempestades morais do amanhã remoto que, talvez, jamais sobrevenham.
Não se conformam com o pão abençoado de hoje.
Reclamam celeiro farto para longos anos, à frente da luta que lhes é própria, ignorando se a morte lhes espreita os passos na vizinhança.
Não se alegram com o agasalho valioso de agora.
Exigem guarda-roupa repleto e variado de que provavelmente não mais se utilizarão, enquanto companheiros da marcha humana exibem a pele desnuda e fria.
Não se resignam a possuir o dinheiro prestimoso que lhes soluciona os problemas da hora em curso.
Suspiram pela caderneta de banco, dominadora e invejável, que lhes marque o nome com a melhor expressão financeira, não obstante a penúria que, [muitas vezes,] magoa implacável, o lar alheio.
Aprende a viver o minuto que Deus te empresta no corpo físico, amealhando a luz do conhecimento nobre e fazendo aos outros o bem que possas.
Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.
E, simplificando as próprias experiências, reconhecer-te-ás mais leve e mais feliz, habilitando-te, por fim, à libertação espiritual que, infalivelmente, convocar-te-á, hoje ou amanhã, para o regresso à Vida Maior.
Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1985 pela editora CEU e é a 1ª lição do livro “”