Humorismo No Além

Capítulo XV

Humorismo nos costumes modernos



A cachaça assim começa:

Por hoje é um trago gentil,

Amanhã, é o copo grande,

Depois, é balde e barril.


Para certos pais da Terra,

Quando a questão é de amor

A filha é mercadoria,

À espera de comprador.


Se o beijo desse bacilos,

Na comunhão que o mantém,

Na superfície da Terra,

Não havia mais ninguém.


A dupla de namorados

Quando está em cena muda

É pólvora junto ao fogo,

E o resto é “Deus nos acuda”.


Discernimento constante

Deve alertar a pessoa,

A erva má cresce mais

Onde encontra a terra boa.


Lamentável agressão,

Rude golpe sem sentido:

Aborto sem precisão

Sempre que for permitido.


Não queiras facilidades,

Nem mesmo de contrabando…

Onde o pasto é pobre e curto,

A boiada vai andando…


Aviso nobre da vida

No caminho teu ou meu:

A festa melhor do mundo

É aquela que se perdeu.


Beber cachaça no engenho

É sempre de triste efeito

Mas a cachaça enfeitada

Perturba do mesmo jeito.


São dois quadros deprimentes

Que hoje encontro na rua:

Meninos vagando à solta

E fotos de gente nua.