A cachaça assim começa: Por hoje é um trago gentil, Amanhã, é o copo grande, Depois, é balde e barril. Para certos pais da Terra, Quando a questão é de amor A filha é mercadoria, À espera de comprador. Se o beijo desse bacilos, Na comunhão que o mantém, Na superfície da Terra, Não havia mais ninguém. A dupla de namorados Quando está em cena muda É pólvora junto ao fogo, E o resto é “Deus nos acuda”. Discernimento constante Deve alertar a pessoa, A erva má cresce mais Onde encontra a terra boa. Lamentável agressão, Rude golpe sem sentido: Aborto sem precisão Sempre que for permitido. Não queiras facilidades, Nem mesmo de contrabando… Onde o pasto é pobre e curto, A boiada vai andando… Aviso nobre da vida No caminho teu ou meu: A festa melhor do mundo É aquela que se perdeu. Beber cachaça no engenho É sempre de triste efeito Mas a cachaça enfeitada Perturba do mesmo jeito. São dois quadros deprimentes Que hoje encontro na rua: Meninos vagando à solta E fotos de gente nua. |