Ideias e Ilustrações

Capítulo XXXVI

A alegria no dever



Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.

Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.

O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.

Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.

João ouviu o conselho e não vacilou.

O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.

Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.

O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou:

— João, cumpriste o prometido?

— Sim — respondeu o apóstolo.

— Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?

— Sim — tornou o jovem, visivelmente contrariado —, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.

Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo:

— Então, ainda falta um dever a cumprir — o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.

O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.

A tranquilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento dá Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.



II

Os homens fazem, os votos

Usando verbo incomum;

Deus prova pelo serviço

O valor de cada um. ()

Benedito Candelária Irmão

III

Põe mais serviço na estrada;

Toda amargura que vem

Respeita a vida ocupada

No santo labor do bem. ()

Souza Lobo

V

O trabalho ensina a servir.

André Luiz


Esta mensagem foi publicada originalmente em 1952 pela FEB e é o item 4, da 4ª lição do livro “”