Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
— Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
— Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
— Como assim? — indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou-se:
— Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
— Pela letra.
— Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?
— Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
— Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
— Pelos rastos — respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
— Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
Quem perde a fé no futuro Vive de sonhas plebeus… A própria flor no monturo Lembra um sorriso de Deus. () |
A propaganda do bem Deve alcançar apogeus. O sol brilhando no céu É propaganda de Deus. () |
Quando quiseres indagar acerca dos mistérios do Céu, sonda o segredo divino que palpita na flor. ()
Esta mensagem foi publicada originalmente em 1952 pela FEB e é o item 2, da 1ª lição do livro “”