Encontrá-los-ás talvez a cada passo, nas sendas do dia a dia: os companheiros que se distanciaram da confiança em Deus e em si mesmos, tentando inutilmente a fuga do próprio mundo íntimo.
Acreditaram na intangibilidade do poder humano e resvalaram nas próprias fraquezas…
Admitiram a superioridade da forma e verificaram, assombrados de sofrimento, a desagregação das estruturas materiais…
Galgaram o pináculo da inteligência materialista e acabaram desmemoriados, à feição de musicistas que perderam as cordas dos violinos raros em que se manifestavam…
Conquistaram a riqueza amoedada, sem apoio no trabalho construtivo da paz e do progresso, da cultura e da beneficência e compraram com ela as enfermidades que os impelem à morte prematura…
Senhorearam influências vigorosas e viram-se relegados aos desvãos do esquecimento…
Matricularam-se nos excessos do prazer e titularam-se em conhecimentos amargos…
Desprezaram responsabilidades que lhes honorificavam a existência e caíram nos tóxicos em que, debalde, procuram renovação e esperança…
Se sofreste a separação de amigos queridos, mas transviados da confiança em Deus, sem possibilidades de socorrê-los, de imediato, ora pela tranquilidade de cada um e não te detenhas no trabalho a realizar.
Prossegue com o bem, pelo bem e junto daqueles que se dedicam ao bem de todos e espera com paciência.
A verdade não tem pressa.
O tempo, com o amparo de Deus, saberá descobri-los para trazê-los de volta à posição que assumiam.
Eles, os companheiros que se ausentaram da fé na Divina Providência, não são maus e sim doentes da atenção e da memória, do sentimento e do raciocínio que regressarão à realidade. Para isso, porém, é imperioso não os desprezes.
Endereça-lhes um pensamento de paz e simpatia, sempre que te assomem à lembrança, na certeza de que apenas estagiam na escola da experiência a fim de retornarem, mais tranquilos e mais felizes, à seara do bem para se identificarem plenamente com os desígnios de Deus.