Natural de São Paulo, filho querido, comunicativo, fez inúmeros amigos em sua curta, porém salutar trajetória aqui na Terra, pois, soube curtir o estudo no Colégio MMDC, o futebol no Clube Varzeano da Mooca (“Tabajara”) e no C. A. Juventus, e o início brilhante de sua carreira profissional na Johnson & Johnson, destacando-se como Promotor de Vendas, recebendo, inclusive, o título de Campeão de Vendas.
Desencarnou dia 27 de maio de 1983, aos 22 anos, deixando nos pais João Pedra Guerreiro e D. Iracema, e nos irmãos William e Fernando, a certeza de que a vida continua…
Assim a família Guerreiro se pronunciou a respeito da mensagem enviada pelo filho:
“Ao amigo Chico Xavier, nosso reconhecimento eterno pelo bem que nos trouxe, com as palavras reconfortadoras de nosso Wilson e, principalmente, mostrando-nos que o filho querido está em Paz. Chico, a você, muita saúde, e que os seus Mentores Espirituais o protejam por toda a Eternidade.”
Mãezinha Iracema, peço-lhe que me abençoe, com meu pai João, recebendo como sempre todo o meu respeito.
Mãe, tudo já se passou, mas não quero deixá-la com dúvidas sobre o meu carinho.
Não pude saber da Mara na ocasião em que a moto me surpreendeu com o capotamento, mas espero que tudo esteja bem com os pais queridos e com os irmãos William e Fernando.
Estou bem, isto é, melhorando sempre mais e já tenho esperanças de ser útil à família querida. Mãezinha, peça à Mara perdão por mim, porque eu sei que a desencarnação vem de Deus, mas eu não queria morrer sem realizar-me no sonho que foi a minha razão de viver.
Mãezinha Iracema, não fique entristecida ou desgostosa com a moto. Minha condução favorita não me poderia impedir de obedecer à Lei de Deus que havia dado à moto o meu endereço naquele dia.
Tudo está na pauta dos Desígnios Divinos e só nos resta aceitar o inevitável. Ninguém culpe a moto por desastres de que a pobre máquina não tem a mínima culpa.
Tudo tem a sua razão de ser. É o que aprendo aqui e, pelo fato de haver sofrido tanto com a provação que nos alcançou, busco ser otimista para não descer ao desânimo e à inutilidade.
Peço-lhe animar o coração de Mara por mim, já que não tenho as palavras certas pai a fazer isso agora. Diga-lhe que Deus a fará feliz com outro companheiro, que espero seja muito melhor do que eu para sossegar-lhe o coração.
Peço não procurem inculpar a ninguém pela moto capotada. Quero as responsabilidades sobre mim, pois se não soube impedir-lhe a queda é que eu não tive bastante calma para conduzi-la.
Mamãe, não posso escrever mais. Receba com meu pai e meus irmãos muitos beijos do seu filho,
Wilson Guerreiro Pedra
29 de março de 1985.
Mara Regina Brunetti Azellano — companheira no passeio com a moto, quando se acidentou.