Os nossos irmãos reeducandos, residentes em setores de segregação construtiva, não se encontram sozinhos.
Em todos os lugares da Terra, surpreendemos os sentenciados de variada espécie, dentre os quais se destacam:
os presidiários retidos em provações de longo curso;
os emparedados no remorso que carregam o peso de culpas inconfessadas, no imo da consciência;
os detentos da rebeldia, que não se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;
os encarcerados em sofrimentos claramente voluntários que recusam qualquer saída para a luz do espírito;
os prisioneiros da inconformação que não aceitam as diretrizes do trabalho para o bem, que se lhes oferece por terapêutica de libertação;
os encadeados na angústia que se acham isolados nas celas de reflexão que se lhes fazem necessárias ao próprio burilamento.
Diante de companheiros considerados delinquentes abstém-te de condená-los.
Todos nós, Espíritos em evolução na Terra, somos os viajores dos milênios e estamos ainda em processo regenerativo, à vista das imperfeições que nos marcam o espírito.
E se pudéssemos rasgar o peito, à frente de nossos interlocutores e companheiros do cotidiano, certamente que eles todos conseguiriam ler este letreiro, gravado a fogo e lágrimas, em nossos corações: “Compadece-te de mim.”
Emmanuel
Na linguagem da ação cristã, existe uma tabela de antônimos para atitudes que não nos convém esquecer, a fim de que nos fixemos no dever a cumprir.
Da extensa lista, reportamo-nos a alguns dos mais importantes, como sejam:
. intransigência - tolerância;
. aspereza - brandura;
. irritação - serenidade;
. crítica - benevolência;
. condenação - bênção;
. injúria - olvido;
. ofensa - desculpa;
. ataque - perdão;
. censura - auxílio;
. incompreensão - entendimento;
. ignorância - instrução;
. tédio - trabalho;
. fracasso - recomeço;
. precipitação - calma;
. balbúrdia - silêncio;
. dificuldade - esforço;
. desalento - esperança;
. rixa - apaziguamento;
. ódio - amor.
Disse-nos Jesus que, em sendo batidos numa parte do rosto, devemos oferecer ao adversário a outra parte.
Norma idêntica é chamada a reger-nos o campo das atitudes.
Sempre que desafiados a observar a face de sombra dessa ou daquela questão, no trato da vida, saibamos apresentar, em opostos de luz, também a outra.