Emmanuel
"Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada". —Jesus. (Mateus
Os obreiros da paz são sempre esteios benditos, na formação da felicidade humana.
Os que falam na concórdia . . .
Os que escrevem, concitando a serenidade . . .
Os que pregam a necessidade de entendimento . . .
Os que exortam à harmonia . . .
Os que trabalham pelo equilíbrio . . .
Os verdadeiros pacificadores, no entanto, compreendem que a paz se levanta por dentro da luta e, por isso mesmo, não ignoram que ela é construída - laboriosamente construída - por aqueles que se dedicam à edificação do Reino do Amor, entre as criaturas, tais quais sejam: os que carregam os fardos dos companheiros, diminuindo-lhes as preocupações;
os que aguentam, sozinhos, pesados sacrifícios para que os entes queridos não se curvem, sob o peso da angústia;
os que procuram esquecer-se para que outros se façam favorecidos ou destacados;
os que abraçam responsabilidades e compromissos de que já se sentem dispensados, para que haja mais amplas facilidades no caminho dos semelhantes.
Em certa ocasião, disse-nos Jesus: - «Eu não vim trazer paz à Terra e sim a divisão»;
entretanto, em outro lance dos seus ensinamentos, afirmou-nos, convincente: - A minha paz vos dou, mas não vo-la dou como o mundo a dá».
O Divino Mestre deu-nos claramente a perceber que, para sermos construtores da paz, é preciso saber doar-lhe o bálsamo vivificante, em favor dos outros, conservando, bastas vezes, o fogo da luta pelo próprio burilamento, no fechado recinto do coração.