Referimo-nos ao trabalho quase sempre mentalizando as nossas tarefas imediatas, que se relacionem com os nossos próprios interesses. Isso é compreensível e justo.
De permeio, temos a faixa disponível de tempo, claramente nosso, que habitualmente despendemos através de entretenimentos diversos ou movimentos inúteis, com total esquecimento do trabalho que exigimos dos outros.
Deixa que a tua memória retroceda no tempo, refletindo nos benfeitores anônimos que te ensinaram a mobilizar os primeiros passos e agradece.
Agradece aos que te carregaram o corpo ainda frágil;
aos que se esforçaram, junto de ti, para que aprendesses a balbuciar o nome de Deus;
aos que te deram as primeiras palavras;
aos que, usando tato e carinho, te transmitiram as noções primárias de higiene;
aos que te medicaram na hora certa para que a bronquite ou o sarampo não te dilapidassem as forças nascentes;
aos que velaram ao teu lado, noites e noites, a fim de que a febre não te consumisse as energias;
aos que te colocaram nos lábios as letras do alfabeto e aos que te encaminharam para o bem, suscitando-te no coração o respeito à vida.
O trabalho que temos pela frente é de essencial prioridade e não deve ser adiado; no entanto, de quando em quando, é importante raciocinar sobre o trabalho que reclamamos dos outros, a fim de que aprendamos a agradecer.