Intervalos

Capítulo XX

Em louvor do silêncio



“Não saiba a tua mão esquerda o que deu a direita”. (Mt 6:3)

Não se inteirem os teus adversários gratuitos daquilo que fazes, sob a inspiração da fraternidade e da justiça.

Não se informe o mal, acerca do bem que praticas.

Não invoque a leviandade ao círculo de teu dever que deve ser bem cumprido.

Não busque poeira para a água cristalina.

Não te associes à perturbação para a sementeira da harmonia.


Jesus não se reportava somente à humildade, no ensinamento a que nos referimos. Destacava também a prudência e a ponderação, assinalando a riqueza do silêncio, que nos compete usar, nas menores lutas da vida, em favor do êxito de nossas próprias tarefas.

Lembra-te de que os problemas se estendem ao infinito…

Cada ser, cada criatura, cada consciência possuem necessidades diferentes entre si.

A caridade para com o instrutor não é a mesma que devemos prestar ao aprendiz e a assistência ao homem enfermo não é igual a que nos cabe endereçar ao homem robusto.

A essência do bem é una em suas raízes fundamentais, mas os seus métodos de manifestação variam infinitamente.

Guardemos, pois, o ensinamento da mão direita que deve trabalhar sem a intromissão da esquerda e adotemos o silêncio por soberana medida de equilíbrio, na sementeira de felicidade, em nosso próprio benefício.




Essa mensagem, diferindo na palavra marcada, foi publicada em fevereiro de 1953 pela FEB no Reformador e é também a 129ª lição do 1º volume do livro “”