Morre Zeca Leal numa palhoça, Morre a sós quem servira a vida inteira… Faz calor… Cantam aves na mangueira… Depois, é a noite, a sombra que se engrossa… Morre Leal lembrando o milho, a eira, O cafezal imenso, além da roça… Nisso, aparece um moço à choça… “Quem é?” — murmura o pobre em voz rasteira. — “Já não aguento mais minhas feridas!…” O moço toca as chagas doloridas E diz: “Eu sou Jesus! Vim socorrê-las!…” Leal entrega o corpo à terra fria E segue o Cristo em pranto de alegria, Numa estrela mais clara que as estrelas!… |