Não podes negar que o progresso no mundo te criou exigências de todo porte.
Vivendo numa época dedicada ao culto da velocidade, em que necessitas correr, mentalmente, no encalço das horas, a fim de satisfazer aos próprios encargos, é indispensável adotes a serenidade por suporte de todas as decisões.
Quanto mais complexidade nos assuntos, mais compreensão para clareá-los.
Quanto mais urgência, mais calma.
Imaginemos o corpo físico na posição do carro que diriges.
Os preceitos de paz que asseguram a consciência tranquila assemelham-se aos sinais do trânsito.
E as várias províncias do envoltório físico lembram peças de constituição específica a exigirem cuidado para que não se desgastem sem razão.
Aproveitemos o lembrete para fixar o respeito que nos cabe às próprias condições e às condições alheias, de modo a não nos perdermos em cogitações inúteis.
Em quaisquer circunstâncias, abstém-te de avançar no regime da precipitação desnecessária.
Não atravesses, à frente dos companheiros, em ocasiões nas quais semelhantes manobras são desaconselháveis.
Não exijas que os outros viajem na Terra em veículos iguais ao teu, conformando-te com a realidade de que nas estradas cada pessoa segue a seu modo.
Compadece-te dos irmãos do caminho que se mostrem inábeis, imprudentes, distraídos ou disparados, ignorando os perigos da rebeldia e da indisciplina.
Em suma, escora-te na paciência e exerce a tolerância, amparando o próximo quanto puderes, de vez que empregando a paciência e a tolerância, onde estiveres, auxiliarás aos próprios Mensageiros da Providência Divina para que eles também te possam auxiliar.