Ei-lo que passa na estrada, De roupinha esfarrapada, Sem mãos amigas de alguém. Pobrezinho!… é vagabundo, Vagueia por este mundo Sem ninguém. Às vezes, tem sede e fome, Na miséria que o consome, De pés e bracinhos nus… Tão tenro e de alma sombria! Sem amor, sem alegria E sem luz. Mete pena vê-lo à solta De cabeleira revolta, Tal a penúria em que vai; Sua alma geme e padece, Não teve mãe que o quisesse E nem pai. Tenhamos piedade ao vê-lo. Quem não pede auxílio e zelo Num bocadito de amor?!… Como punge, no caminho, Tanta falta de carinho, Tanta dor… Lembremos, em nossa vida, Que essa criança ferida, Como nós, tem coração; Que esse pequeno mendigo Seja agora nosso amigo, Nosso irmão. |