Jardim da infância

Capítulo XIII

Velhinhos



De longada nos caminhos,

Passam velhos pobrezinhos

A sofrer, sem pão, sem lar…

Ao sabor da ventania,

Suportam a noite fria

A gemer e mendigar.


Choram à míngua de afeto,

Sem a carícia de um neto

Nos dias de solidão.

Foram jovens, entretanto…

São hoje estátuas de pranto,

De pobreza, de aflição.


Olhando esse quadro amargo —

Oh! nunca passeis de largo,

Gargalhando e andando ao léu! —

Dai-lhes o pão da bondade,

Que a bênção da caridade

Será vossa luz no Céu.