Quanto mais tiveres:
posses sem utilidade;
títulos sem aplicação;
conhecimento sem trabalho;
poder sem benevolência;
objetos sem uso;
e relações sem proveito;
menos livre te reconhecerás para ser feliz.
Decerto que a independência não quer dizer impassibilidade à frente da vida; é razoável [que] possuas reservas amoedadas, mas é importante se mantenham colocadas a serviço do amparo e do progresso comunitários;
que te exornes com lauréis terrenos, entretanto, mobilizando-os em auxílio dos semelhantes;
que entesoures cultura, todavia, utilizando-lhe as possibilidades em benefício do próximo;
que disponhas de autoridade, contudo, manejando-a na administração da bondade e da justiça;
que conserves pertences diversos para conforto e apresentação individuais, doando, porém, o supérfluo no socorro aos que sofrem na retaguarda;
que contes com legiões de amigos, mas buscando motivá-los para as obras da beneficência e da educação.
Quanto mais retivermos do que somos e temos, em louvor do próprio egoísmo, eis-nos mais escravos da sombra em que se expressa o domínio do “eu”; estejamos, porém, convencidos de que, quanto mais dermos do que somos e temos, em apoio dos outros, mais livres nos tornamos para assimilar e esparzir a luz que nos anuncia o Reino de Deus.
A presente mensagem diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada originalmente em 1971 pela editora GEEM e é a 52ª lição do livro “”.