“Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada.” — JESUS (Mt
Os obreiros da paz são sempre esteios benditos, na formação da felicidade humana.
Os que falam na concórdia…
Os que escrevem, concitando a serenidade…
Os que pregam a necessidade de entendimento…
Os que exortam à harmonia…
Os que trabalham pelo equilíbrio…
Os verdadeiros pacificadores, no entanto, compreendem que a paz se levanta por dentro da luta e, por isso mesmo, não ignoram que ela é construída — laboriosamente construída — por aqueles que se dedicam à edificação do Reino do Amor, entre as criaturas, tais quais sejam:
os que carregam os fardos dos companheiros, diminuindo-lhes as preocupações;
os que aguentam, sozinhos, pesados sacrifícios para que os entes queridos não se curvem, sob o peso da angústia;
os que procuram esquecer-se para que outros se façam favorecidos ou destacados;
os que abraçam responsabilidades e compromissos de que já se sentem dispensados, para que haja mais amplas facilidades no caminho dos semelhantes.
Em certa ocasião, disse-nos Jesus: — “Eu não vim trazer paz à Terra e sim a divisão”, (Mt
O Divino Mestre deu-nos claramente a perceber que, para sermos construtores da paz, é preciso saber doar-lhe o bálsamo vivificante, em favor dos outros, conservando, bastas vezes, o fogo da luta pelo próprio burilamento, no fechado recinto do coração.
(Reformador, junho de 1971, p. 130)