Mais Perto

Capítulo XVIII

Ante nossos adversários



Interpretemos nossos adversários por irmãos, quando não nos seja possível recebê-los por instrutores.

Quando o Senhor nos aconselhou a paz com os inimigos (Mt 5:25) do nosso modo de ser, recomendou-nos certamente o olvido de todo o mal.

Às vezes, fustigando aqueles que nos ofendem, a pretexto de servirmos à verdade, quase sempre faltamos ao próprio dever nos setores da cortesia e da educação.

Nem todos podem enxergar a vida por nossos olhos ou aceitar o mapa da jornada terrestre, através da cartilha dos nossos pontos de vista.

E, não raro, em zurzindo os outros com o látego da crítica ou intoxicando-os com o vinagre do azedume, procederemos à maneira do lavrador que enlouquecesse, de improviso, espalhando cáusticos destruidores sobre a plantação nascente, necessitada de auxílio pela fragilidade natural.

Claro que o amor fraterno encontra múltiplos modos [diversos] para fazer-se sentir, no reajuste das situações difíceis [no caminho] da vida e é justamente para a verdadeira solidariedade que nos cabe apelar em qualquer circunstância difícil.

Se incentivamos o incêndio, atirando-lhe combustível, e se maltratamos as feridas alheias, alargando-lhes as bordas, a golpes de força, também não entraremos em harmonia com os nossos adversários por intermédio da violência.

Usemos o amor que o Mestre nos legou, se desejamos a paz na 5ida Maior.

Compreendamos aqueles que nos ofendem.

Oremos pelos que nos perseguem ou caluniam.

Suportemos quantos nos perturbem.

Sejamos o apoio dos companheiros mais fracos.

E o Divino Senhor da Vinha do Mundo, que nos aconselhou o livre crescimento do joio e do trigo, no campo da Terra, (Mt 13:30) em momento oportuno, se fará revelar, amparando-nos e selecionando-nos os caminhos para as tarefas que se nos façam mais justas.




Essa mensagem, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em janeiro de 1953 pela FEB no Reformador e é também a 101ª lição do 1º volume do livro “”