Quem queira seguir Jesus, Em seus ásperos caminhos, Não há de fugir-lhe à cruz, Toda formada de espinhos. Alguém talvez interrogue: — “Esses espinhos quais são?” E os entraves da jornada Fornecem a explicação. É a lágrima de quem pede, É o sarcasmo do descrente, É o logro do obsessor, É a vaia de muita gente; É a doença imaginária, Sem trato que nos atenda, É a tentação enfeitada Que aparece de encomenda; É a crítica do inimigo, É o tapa do ignorante, É a tesourinha das trevas Que nos corta a todo instante; É o vinagre da conversa De quem não deseja a paz, É o cochicho venenoso De quem censura e não faz; É o irmão desesperado Que nos procura, a berreiros; É a discussão agitada, É a fuga de companheiros; É a briga na parentela, Criando desilusão; É a hora do desalento É o dia da solidão. Meditemos nesse assunto: Observar é dever Quem queira seguir Jesus Tem muito espinho a vencer. |