Aberta a reunião, O amigo Joaquim Lucena Exortou aos companheiros, No garbo de quem ordena: — “Meus irmãos, muito cuidado! Evitem ficar na cola Da lembrança lamentável Do Coronel João Marçola. Há um século, mais ou menos, Esse horrendo Coronel Foi o dono destes sítios, Homem mau, bruto e cruel. Depravado, ele trazia Veneno dentro das veias, Fez muitas mortes e furtos, Tomando terras alheias. Esse infame era decerto Um lobo, em forma de gente, Aniquilou muitos lares Qual terrível delinquente. Não podemos recebê-lo Em nossa reunião, O Coronel João Marçola Foi criminoso e ladrão.” Alguns momentos passados, O guia Adão Serafim Tomou o médium Silvano E dirigiu-se a Joaquim: — “Meu amigo, não condene, Use bondade e razão; Aquele que foi Marçola Precisa de compaixão. “O Coronel referido Encontra-se renovado; Ele agora é um companheiro, Novamente reencarnado…” — “Que ouço? — clamou Joaquim Renasceu de que raiz? Como voltou? como está? Quem será esse infeliz?” O guia falou: — “Joaquim, Recorde que o Céu nos vê… O Coronel reencarnado É justamente você.” |