Luz na Escola

Capítulo III

Homem-verme




Desolação. Terror e morticínio.

O homem sôfrego e bruto, de ânsia em ânsia,

Sofre agora a sinistra ressonância

De sua inclinação para o extermínio.


É o doloroso e trágico domínio

Do «homo homini lupus» da ignorância.

Exaltando a vaidade sem substância,

Ídolo podre sobre o esterquilínio.


Por toda a parte, escorre o sangue horrível,

Ao crepitar de rúbidos incêndios,

Sobre a ideia cristã medrando em germe.


Em quase tudo, o pântano terrível,

De lodo e lama, em sombra e vilipêndios,

Atestando as vitórias do homem-verme!




E o lápis-relâmpago de Chico Xavier continua a deslizar, veloz, sobre o papel. E veio-nos mais este soneto inconfundível do poeta do “Eu”.


A expressão latina homo homini lupus, significa “o homem é um lobo para o homem”.


Essa mensagem foi também publicada pela FEB, é o 25º soneto do 15º capítulo do livro “”