Ah! meu filho, na concha de teu peito, Via-te o coração por céu vindouro, Encerravas contigo, meu tesouro, O futuro risonho, alto e perfeito. Entretanto, prendi-te a cruzes de ouro, Cujo peso carregas sem proveito, Abatido, cansado, insatisfeito, Arrojado a medonho sorvedouro… Recolheste, no encanto de meu jugo, O fascínio da posse por verdugo E a preguiça forjando horrendas pragas. Hoje, chamo-te em vão… Ouves apenas O dinheiro vazio que armazenas Na demência da usura em que te apagas!… |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 10ª lição da 3ª Parte do livro “”