Pássaro preso no recinto escasso Do velho canavial, beirando o rio, Quis ver o mundo vasto e conheci-o, Varando, em pleno voo, o azul do espaço… Lembro-me agora… Enceguecido, abraço A exaltação, a glória e o poderio… Mas tudo, minha mãe, era vazio Fora do amor que brilha em teu regaço. Vi mil chagas de dor que a fama incensa Nos nervos de ouro da cidade imensa, E prazeres, em trágico desmando… Mas no colo a que, em sonho, me recostas, Tenho apenas teu vulto de mãos postas, Que teu filho recorda, soluçando… |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 14ª lição da 3ª Parte do livro “”