Mascarada mulher o rabecão trouxera. Morrera em pleno baile a frágil Colombina E, no egrégio salão de culto à Medicina, O professor leciona, em voz veemente e austera: — “Rapazes, contemplai! É rameira e menina. Tombou ébria no vício e com certeza era Devassa meretriz, mistura de anjo e fera, Flor de lama e prazer, Vênus e Messalina.” Em seguida, a cortar, rompe a seda sem custo, Desnuda-lhe, solene, a alva pele do busto, Afasta, indiferente, as flores de rendilha… No entanto, ao descobrir-lhe a face triste e bela, O mestre cambaleia e chora junto dela… Encontrara na morta a sua própria filha. |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 32ª lição da 1ª Parte do livro “”