A mulher deve ser como a palha miúda com que se encaixotam porcelanas, palha que não conta, palha que mal se vê, palha de que ninguém se apercebe e sem a qual se quebraria tudo!
Certos pensamentos são como orações. Em dados momentos, qualquer que seja a postura do corpo, a alma está de joelhos.
Ama, filhinha, entretanto Sofre a dor que o lar te der. É toda feita de pranto A glória de ser mulher. |
Mãezinha, não sei ao certo Onde a ausência dói mais fundo, Se na paz do firmamento, Se na dor que envolve o mundo. |
Leite materno! Óleo santo! Afirma-se que ele veio Do sangue que se fez pranto No filtro de amor do seio. |
Mãe, quando a noite afervora A tua oração no lar, Teu filho, morto lá fora, E a brisa querendo entrar. |
Mãe entregue à sepultura Vence trevas e empecilhos, Para ser paz e brandura À cabeceira dos filhos. |
O mundo será feliz Quando a mulher sem receio Abrir a porta da casa Aos órfãos do lar alheio. |
Devemos interpretar Toda mulher ao relento Como sendo nossa mãe Vagando no sofrimento. |
Mãe, abençoa teu filho, Mesmo ingrato, rude e vão. A luz nunca perde o brilho Por derramar-se no chão. |
Oh! O que seria das mães que temem pela vida de seus filhos, se não fosse a oração!